Uma dúzia de retratos de um fim de vida sereno, depois de um trajecto difícil e admirável. Feitos por um grande fotógrafo, Alfredo Cunha. Um belíssimo poema (ver imagem). Algumas das suas obras, pertencentes ao acervo da biblioteca municipal do Seixal, no respectivo Fórum Cultural. Entre elas um título de que um dia, na Feira do Livro de Lisboa, ultrapassei a minha habitual reserva e pedi um autógrafo ao Urbano. Disse-me, e julgo que não foi para ser simpático, que era uma das suas obras de que mais gostava. Foi para mim uma grande e inesquecível satisfação.
A exposição esteve patente no Fórum de Exposições Augusto Cabrita (outro grande fotógrafo!). É uma homenagem simples mas tocante a um grande escritor, entre os nossos maiores, mas também ao cidadão exemplar, pelo seu envolvimento cívico, e político, desde os tempos terrivelmente sombrios e perigosos do fascismo, em que ousou sempre dizer o que pensava e dizer NÃO, o que lhe valeu perseguições, espancamentos, ostracismos, exílio e prisões. Nunca desistiu. Era comunista.
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