Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 18 de abril de 2010

LES HERBES FOLLES, de Alain Resnais

“LES HERBES FOLLES” (As Ervas Daninhas), de Alain Resnais, (FRA), ***** (5)
Resnais volta a surpreender-nos com um filme moderno na linguagem e invulgar.
Tal como as ervas daninhas (talvez preferisse, silvestres), as personagens desta obra, crescem no filme aparentemente sem regras, desordenadas, com comportamentos por vezes inexplicáveis, desobedecendo à lógica rotineira. Não que a história não seja simples. É Resnais que lhe troca as voltas, como de outras vezes, e por isso nos fascina, com o seu narrador em off (Édouard Baer). Mesmo o final não é um só, mas dois, para o espectador quase poder escolher, a fazer lembrar o extraordinário “Smoking/ No Smoking”, baseado nas peças do dramaturgo inglês Ayckbourn.
Um filme que se vê com imenso prazer, também pela sua ironia e humor, tirando partido de dois grandes actores, incondicionais de Resnais - André Dussolier e a sempre fascinante Sabine Azéma. Embora não possamos esquecer as participações de outras duas grandes actrizes do cinema francês – Emmanuelle Devos e Anne Consigny. Como só acontece com meia dúzia de grandes criadores do cinema contemporâneo, parece que uma visão da obra não basta para saciar o espectador e dá vontade de permanecer sentado para assistir à sessão seguinte.
Até agora, em minha opinião, uma obra para discutir o lugar de preferida do ano.
***** (5)

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