Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 14 de abril de 2013

SIDE EFFECTS (EFEITOS SECUNDÁRIOS), de Steven Soderbergh

SIDE EFFECTS (EFEITOS SECUNDÁRIOS), de Steven Soderbergh

Segundo texto não original, também já publicado no facebook,  para não deixar de referir obras vistas ultimamente que me agradaram.




Notas de um espectador de Cinema (quando pode), dedicadas aos (às) amig@s cinéfil@s.
Uma referência à última obra de um dos melhores realizadores norte-americanos vivos,  Steven Soderbergh, “SIDE EFFECTS” (Efeitos Secundários) (2013), um filme magnífico, que a crítica que infelizmente temos fez por ignorar.
Nascido em Atlanta, Georgia, EUA, em 1963, mas com uma filmografia já relativamente longa (mais de 30 títulos, como realizador), com meia dúzia de obras notáveis, entre as quais avultam "Che" (em duas partes) (2008), uma indiscutível obra-prima, e uma outra grande obra que é “Erin Brockovich” (2000), onde brilhou a também georgiana, Julia Roberts, uma actriz que muito apreciamos, mesmo quando se mete na pele de personagens detestáveis, o que não era o caso da jovem desempregada Erin, embora alguns, os tais, por despeito, lhe tivessem chamado "proletária pimba"... Pimbas são eles! Posso rir?.
Em “EFEITOS SECUNDÁRIOS”, um thriller muito clássico na forma, ao gosto de Soderbergh, que também como de costume obriga o espectador a um esforço suplementar para tentar compreender a intriga, cujo tema aborda em fundo os maus efeitos dos fármacos utilizados pelos psiquiatras, que em geral causam mais danos que benefícios, como a maioria de nós sabe, nem que seja só por observar os perversos efeitos em familiares, amigos ou conhecidos (como é o meu caso...), e que podem levar até à morte. “Efeitos Secundários” fez-me lembrar nesse aspecto, um grande clássico de Nicholas Ray, com James Mason a sofrer os efeitos da cortisona, “Bigger Than Life” (atrás do Espelho) (1956).
O que é grave é que o consumo destas drogas se banalizou, como ironicamente Soderbergh sublinha, com o seu belíssimo plano sobre os seus conterrâneos, vogando nas ruas sob o efeito dos anti-depressivos. Assustador...
E com isso vem a clara crítica da obra à falta de escrúpulos da grande indústria farmaceutica  e à venalidade de muitos médicos, que se deixam comprar a troco de benesses, financeiras ou até em viagens de lazer sob o pretexto de congressos.
Soderbergh mostra-nos isso mas, como é seu hábito, vai um pouco mais além, o que não posso contar agora sob pena de eliminar o efeito surpresa. As voltas do argumento, embora inesperadas, não parecem sem nexo  e mereceriam comentário. Este fica para mais tarde.
Se puderem não percam!
8-Abr-2013

1 comentário:

  1. EGAS BRANCO


    Meu Caro,

    Ora seja bem vindo na reatualização do Seu blogue onde vou sem ir ao cinema de que tanto gosto pertilhando os Seus critérios cinéfilos mas de que tão arredado ando!

    Um Abraço


    Jaime Latino Ferreira
    Estoril, 14 de Abril de 2013

    ResponderEliminar