Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 15 de dezembro de 2013

OLDBOY - VELHO AMIGO





OLDBOY – Velho Amigo, de Spike Lee

Com algum sabor oriental no argumento, o que se compreende por adaptar uma manga (banda desenhada) japonesa, com desenhos de Nebuaki Minegishi e argumento de Garon Tsuchiya, de que realizador sul-coreano Chan-Wook Park já havia realizado em 2003 uma obra homónima, de grande sucesso comercial.

Este “remake” é um thriller intenso de Spike Lee (Atlanta, Geórgia, EUA, 20-Mar-1957), cuja filmografia muito admiramos. 

Não estando, em minha opinião, ao nível das obras-primas do cineasta – “Malcolm X”, “Do the Right Thing” (Não dês Bronca), “25th Hour” (A Última Hora), “Summer of Sam” (Verão Escaldante), entre outras, vale no entanto uma visão. 



O realizador transfere a acção para a actualidade e nos EUA, mas o que perde em ambiência oriental ganha na inquietação que transmite, fazendo-nos pensar na absurda privatização que os conservadores, agora tranvestidos de neo-liberais, querem levar, se os deixarem, para o sistema prisional norte-americano. Mas isto é apenas uma inquietação de espectador, preocupado com o retrocesso civilizacional que se intensifica a passos largos no mundo capitalista, fazendo prever conflictos sociais graves.

O suspense da obra não recomenda que se fale do argumento, para além de referir que narra a história de um homem que é raptado e preso durante 20 anos, sem perceber porquê e aonde está. Posto em liberdade tenta desvendar o mistério. 

Apenas referir que Spike Lee ao filmar, e muito bem, a mais intensa cena do filme, consegue fazer incidir nela os sentimentos mais fortes e contraditórios dos espectadores, que passarão sucessivamente por admiração, horror e dúvida.






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