Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 1 de novembro de 2014

AIMER, BOIRE; CHANTER, de Alain Resnais

NOTAS CINÉFILAS (só sobre o que me interessa e gosto muito e que não posso deixar passar sem uma referência...)


AIMER, BOIRE, CHANTER (Amar, Beber, Cantar), derradeiro filme de ALAIN RESNAIS (Vannes, 3-Jun-1922 - Paris, 1-Mar-2014), um dos mestres do cinema contemporâneo e um dos realizadores cuja obra mais apreciamos. Neste último filme que nos ofereceu adapta mais uma vez o dramaturgo inglês, ALAIN AYCKBOURN (Londres, 12-Abr-1939), depois de FUMAR / NÃO FUMAR e CORAÇÕES, aliás duas obras-primas do Cinema.
É uma obra sofisticada, que quase podia parecer teatro filmado não fora a genialidade do cineasta. 

Não vou contar o argumento apenas dizer que se trata de uma comédia sobre as relações humanas, em todas as suas facetas, de meia dúzia de personagens, três casais, de quem um grande amigo fica inesperadamente com a morte a prazo, devido a cancro. O que poderia parecer um drama transforma-se numa comédia, onde tudo, ou quase, vem à luz do dia, ou da noite, incluindo as paixões e as aventuras sexuais, que se vê quase sempre com um sorriso que por vezes se transforma numa gargalhada contida. 

Resnais utiliza magnificamente os cenários de um famoso desenhador francês, de BD, e também actor (ver La Chambre Bleue, de Mathieu Amalric),  BLUTCH (Christian Hinkler) (Estrasburgo, 27-Dez-1967), misturando-os com as imagens reais das estradas e caminhos, em paisagens belas e fascinantes, do Yorkshire. 
Quantos às interpretações, de actores habituados a trabalhar com Resnais, são brilhantes.

O único comentário que posso acrescentar a esta brevíssima nota facebookiana é que constitui um grande prazer a visão desta pequena e maravilhosa obra de despedida do grande realizador.



Nota, à margem, sobre o que está em exibição: obviamente não perder a pequena série de filmes de SATYAJIT RAY, no NIMAS. Quanto ao Doclisboa, embora sem o carisma de outras edições, ainda tem algumas coisas a não perder, lá pelo meio... Depois digo.

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