Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 17 de maio de 2015

RATOS E HOMENS (2)



RATOS E HOMENS, John Steinbeck / Armando Caldas

Voltei a Linda-a-Velha ao Intervalo Grupo de Teatro para tornar a ver o espectáculo que até ao momento no decurso deste ano mais gostei: "RATOS E HOMENS", dramatização do celebre romance de John Steinbeck. 

Julgo que existe um forte aplauso generalizado de quem já viu esta encenação do Intervalo, pela mão do seu director, Armando Caldas. Não vou acrescentar muito ao que escrevi a quando da estreia desta peça no Auditório Lourdes Norberto, sobre a grande qualidade deste espectáculo.

Mas agora, ao ter conhecimento de opiniões, comentários, não posso deixar de citar o que li escrito por Judite Lima, personalidade da nossa Rádio que muito admiro pelos programas que dirigiu ou em que colaborou e não posso deixar de recordar o inesquecível Allegro Vivace, que fez com o Victor Nobre para a Antena 2. Fui nessa época um ouvinte fiel desse programa da manhã sempre que podia. "Já não há programas assim, dessa qualidade" é o lamento generalizado que oiço dos amigos.

Escreveu Judite Lima sobre "Ratos e Homens": "(...) Adorei!!!! Não percam. Saímos mais humanos, quando termina a peça. Obrigada pelo excelente espectáculo - não há cinema que ultrapasse o teatro." (13-Abril-2015).

Concordo! E eu, cinéfilo impenitente mas também grande amante do Teatro, não posso deixar de salientar a última frase. É que por muito mágica que seja a tela por onde passam sonhos, anseios, esperanças, desilusões do ser humano, nunca pode chegar ao pulsar dos corações dos actores que na nossa frente tentam representar a Vida. E em espectáculos particularmente intensos como às vezes este é, sentimos que os actores dão muito de si e surgem-nos fatigados pelo esforço que a representação exige. Há nesta encenação alguns momentos que não vamos esquecer - a morte do cão velho, o eclodir da violência entre os homens por causa da rapariga, o trágico encontro no celeiro, a cena final, no belíssimo cenário das margens do rio presente na abertura e fecho da peça e da autoria de António Casimiro.

Não me vou alongar agora mais nesta pequena nota. Apenas, lembrar a quem ainda não viu e o possa fazer, que não falte! Sei que alguns amigos/amigas já viram e gostaram muito e todos falam da emoção sentida, à beira das lágrimas. Surpresa para mim seria que isso não tivesse acontecido. NÃO PERCAM!!!

Abraços
19-Abr-2015, Egas


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