Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 13 de março de 2010

PRÉMIOS

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OS FILMES PREFERIDOS DE 2009
Nos PRÉMIOS e nas ESCOLHAS DOS CRÍTICOS

Em época de rescaldos na indústria do cinema, sobre a época que findou (2009), convém chamar a atenção para o que estes prémios (César, Donatello, Goya, Orange (BFTA), Oscar, etc) efectivamente, em minha opinião, significam: o gosto médio da gente mais ou menos importante envolvida na indústria cinematográfica, não esquecendo também uma parcela da influência dos Media nesse gosto e do próprio carisma dos nomeados junto dos seus comparsas. E basta analisar os prémios conferidos ao longo do tempo, nomeadamente os mais conhecidos, pelo peso da respectiva indústria, que são os OSCARES (EUA). No entanto, a qualidade superior tem ficado, quase sempre, em segundo plano, embora, muito raramente, também consiga influenciar o gosto médio, no caso de obras de grandes mestres da Sétima Arte, isto é, aqueles que tem uma obra coerente e continuada, de inovação e brilhantismo, quer na linguagem, quer nos temas.

1-Relativamente à indústria, num breve resumo, atendendo que em ITALIA (com os David di Donatello) ainda não houve votação,

-Em FRANÇA, nos CESARES, “Un Prophète”, de Jacques Audiard, venceu nas duas principais categorias (filme e realizador). (sobre a minha opinião à cerca deste filme ver nótula respectiva no blogue)
E “Grand Torino”, de Clint Eastwood foi considerado o melhor filme estrangeiro.

-Em ESPANHA, nos GOYA, “Celda 211”, de Daniel Monzón, venceu também nas duas categorias principais, no entanto “Agora”, de Alejandro Amenabar (ver nótula respectiva no blogue), ganhou em muitas outras categorias, tais como argumento, fotografia e direcção artística.
Quanto a “Slumdog Millionaire” (ver nótula respectiva no blogue), foi considerado o melhor filme europeu.

-Na Grã-Bretanha, nos BAFTA, venceu "Hurt Locker", de Kathryn Bigelow, nas duas categorias principais. "Fish Tank", de Andrea Arnold foi considerado o melhor filme britânico e "Un Prophète", de Jacques Audiard, o melhor filme não falado em inglês.


-Nos EUA, nos OSCARES, venceu “Hurt Locker”, de Kathryn Bigelow (ver nótula respectiva no blogue), também nas duas categorias principais. É um aspecto secundário, mas não deixa de ser curioso notar que os norte-americanos tenham, pela primeira vez na história dos seus “Óscares”, entregue (através da votação secreta dos seus membros) os prémios mais importantes - filme e realização -, a uma mulher, no DIA INTERNACIONAL DA MULHER, data que daqui saudamos, pelo que significa de Luta pelos Direitos e Contra Todas as Discriminações.

E como melhor filme estrangeiro foi votado “El Secreto de Sus Ojos”, de Juan Jose Campanella, da Argentina, de que víramos em 2002, o interessantíssimo “El Hijo de la Nobia”, em nossa opinião um dos melhores filmes estreados em Portugal em 2002.

2-Na crítica, gostaríamos de conhecer as preferências das revistas de referência, com particular destaque para aquela que é em nossa opinião, neste momento, a melhor revista de cinema, que conhecemos, “POSITIF”, mas, tal como a credenciada “SIGHT AND SOUND”, preferem fazer balanços de década. O da POSITIF já saiu e colocou no topo do gosto dos seus críticos a extraordinária obra-prima de Terrence Malick, “The New World” (como aliás também é minha opinião, quanto a este filme) seguido de “Million Dollar Baby”, de Clint Eastwood e os dois cineastas partilham as duas primeiras posições, nas preferências de qual o mais apreciado cineasta da década (Eastwood, Malick), apesar de Malick só ter estreado um filme neste período!!!
Pessoalmente preferiria “Saraband”, de Ingmar Bergman, à obra de Eastwood, e quanto a este, considero “Mystic River” como o seu melhor filme.
Ainda sobre boas revistas de cinema convém não esquecer "NOSFERATU", publicada no País Basco.

3-Este ano, talvez por falta de atenção, não consegui ler todos os balanços nacionais, dos que escrevem nos Media dominantes, falhando alguns significativos, pela qualidade dos críticos envolvidos, pelo que não consigo fazer um balanço geral relevante
Entre os amigos cinéfilos, curiosamente só “Les Plages d’Agnès”, de Agnès Varda” (ver nótula respectiva no blogue), faz o pleno em 2009, incluindo eu próprio. Mas, pessoalmente, elejo “Che”, a magnífica obra em duas partes de Steven Soderbergh, sobre episódios da vida do grande revolucionário argentino, como o preferido do ano, por ser, indiscutivelmente, sob o ponto de vista meramente cinematográfico uma grande obra, e também por ir em contra-corrente, na indústria do cinema, sob o ponto de vista temático, razão pela qual foi desvalorizado pela crítica mais retrógrada (ver na nótula respectiva).


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