Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 3 de novembro de 2012

NEWS FROM HOME, de Chantal Ackerman


No DOCLIS (CULTURGEST)
São preciosidades que raramente temos possibilidade de ver num ecrã decente (grande). 
Foram dois dos primeiros trabalhos da cineasta belga, Chantal Ackerman (nascida em Bruxelas, 6-Jun-1950), durante a sua estadia em Nova Iorque, no início da sua carreira, nos meados dos anos 70. 
Vimos dois filmes pertencentes ao que alguns designam por Trilogia de Nova Iorque: "O Quarto" (La Chambre) (1972), constituído por um famoso plano circular, de 11', na habitação de Chantal e o mais conhecido, "News from Home" (Notícias de Casa) (1976), onde a cineasta filma Nova Iorque, enquanto lê as cartas que a mãe lhe envia da Bruxelas natal, iguais a todas as cartas que os pais enviam aos filhos ausentes e de quem gostam. 
São magníficas as imagens de Nova Iorque, longe do centro urbano, o dos armazéns e lojas, e habitado pela grande burguesia. O que vemos são principalmente as margens de Manhattan, as ruas junto ao rio, as carruagens de Metro, pejadas de gente, e com as carrocerias cheias das "pinturas" da droga, tal como as paredes dos grandes blocos (tudo isso que décadas mais tarde seria exportado para as grandes cidades europeias - Londres, Frankfurt, Hamburgo, etc, etc, até chegarem aqui, onde vivemos). E o final da obra é magnífico, com a imagem da cidade a desvanecer-se no horizonte, perante os nossos olhos.
 

A inesperada presença da realizadora, na sessão (e nós que a confundimos com uma das jovens e simpáticas colaboradoras do DOCLIS ou da CULTURGEST!), constituiu uma agradável surpresa. Falou de si e da sua obra com a simplicidade que esperávamos dela, não se esquecendo sequer de falar da colaboração fundamental, neste e noutros filmes, de Babette Mangolte, também cineasta.



Agora esperamos ter mais ou outra boa surpresa que vamos procurar, pesquisando o programa (com uma lupa, dada a incrível pequena dimensão das letras... Posso rir?) e aguardar pela sessão de encerramento e pelo que julgamos ser um magnífico filme, o dos irmãos Taviani, "César deve Morrer", por aquilo que temos lido na imprensa da especialidade, e de qualidade. Embora, também seja de aguardar alguma polémica porque na obra dos Taviani, o aspecto político nunca é escamoteado!

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