Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

TRILOGIA DE APU (3)

O MELHOR de CINEMA e de OUTROS EVENTOS de CULTURA em 2006

Nº 40/06_24SET06

Conforme já várias vezes escrito, estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida exclusivamente aos amigos, e não são CRÍTICA DE CINEMA! Muito menos de Teatro…

“TRILOGIA dE APU”, de Satyajit Ray, ÍNDIA, (1956-1959) ***** (5)
Pather Panchali (A Balada da Estrada)
Aparajito (O Invicto)
Apu Sansar (O mundo de Apu)

A última parte desta obra-prima, que não nos cansamos de rever, pela mestria como está feita, abarcando a vida, do nascimento à idade adulta, do jovem Apu, nascido na província de Bengala, Índia,
A difícil aprendizagem da existência, através de uma vida, por vezes cheia de provações e desgostos – a morte de todos os seres mais amados, no final só restando um, Kajal, filho de Apu e Aparna, a esposa falecida de parto -, de esperanças que não se conseguem realizar, de  algumas realizações pessoais, que são no entanto importantíssimas, como a aquisição do conhecimento.
O cineasta consegue fazer-nos sentir as personagens, por vezes de uma maneira quase dolorosa e muitas vezes comovente. Porque corresponde em última análise à natureza humana tal como a sentimos, dentro de nós ou ao nosso redor.
Sobre os grandes sentimentos e a dignidade do Homem. Trágico mas não pessimista, porque o final se abre a todas as possibilidades, quando pai e filho, regressam finalmente juntos a Calcutá. Aliás o difícil reencontro entre Apu e o filho, que encerra a obra, é uma das suas sequências mais admiráveis.
Esteticamente muito belo, excepcional em termos de linguagem, admiravelmente interpretado. E não pode deixar de ser citada a música de Ravi Shankar.

Obra-prima absoluta, que está na lista reduzida das obras que mais admiro.




Atenção ao próximo ciclo no NIMAS, em Lisboa (ver imagem) com obras deste grande cineasta

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