Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

segunda-feira, 23 de julho de 2018

THE BOOKSHOP (A LIVRARIA), de Isabel Coixet

Uma belíssima surpresa porque ainda quase ninguém me chamara a atenção para esta pequena jóia realizada pela cineasta catalã Isabel Coixet, de quem já víramos outros filmes muito interessantes. 
No entanto tinha vencido os dois principais prémios GOYA, em 2017, Espanha, equivalentes aos Óscares para o cinema norte-americano - melhor filme e melhor realização e ainda o melhor argumento adaptado, a partir do romance homónimo de Penelope Fitzgerald.
A actriz inglesa Emily Mortimer, já nossa conhecida de outros filmes de grandes cineastas, é uma fascinante livreira.
Ray Bradbury e o seu admirável Fahrenheit 451 e Vladmir Nabokov e a sua famosa Lolita são duas referências da obra que se situa no final dos anos 50 na costa inglesa ( East England) onde as mentalidades conservadoras da grande burguesia/aristocracia e dos seus lacaios, tudo fazem para se opor à abertura de uma livraria na sua cidadezinha. 
Magnífico retrato desse meio rural, elitista e muito conservador, capaz de recorrer sem vergonha à mentira (não respeitando sequer os mortos) e às trapaças legais para impor os seus desejos. Como nós os conhecemos bem! Continuam iguais, lá como cá! 
Acabam por provocar o fecho da livraria e obrigar a jovem livreira a voltar para Londres mas acabarão por ficar sementes, entre os mais jovens, dessa luta. 
Lembro para terminar as duas magníficas adaptações ao cinema daqueles dois clássicos da literatura: Fahrenheit 451 realizado por François Truffaut e Lolita uma admirável obra-prima de Stanley Kubrick que conseguiu o feito raro de ultrapassar em qualidade o original de Nabokov (em minha opinião). 




  

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