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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

INVICTUS, de Clint Eastwood


“INVICTUS”, de Clint Eastwood, (EUA), **** (4) 

Com argumento do jornalista londrino John Carlin, trata-se um excelente filme sobre Nelson Mandela e os Springboks (selecção nacional de râguebi), que mostra como o Presidente da República da África do Sul, eleito após a queda do horrível e desumano regime racista do Apartheid, conseguiu mobilizar a, naquela época, muito pouco amada equipa nacional de râguebi (por ser constituída quase só por atletas brancos e representante de um desporto então muito elitista) para a conquista do Campeonato Mundial da modalidade, que em 1995 se realizou naquele grande país africano.
Elegia de Mandela, feita com o grande “savoir-faire” de Eastwood, teria forçosamente que dividir uma crítica de cinema, que é infelizmente maioritariamente conservadora nos tempos que correm. Os “incondicionais” (por motivos que terão pouco a ver com cinema) do cineasta, relevam o filme para a categoria dos dispensáveis (“retrato deferente de Nelson Mandela”, EB, "DN"), outros colocam-no no topo das obras do cineasta (“um dos seus grandes filmes”, JA, "JN") (“CE preserva deste modo, os valores clássicos de Hollywood que encarnam na referência tutelar de John Ford”, JL, "DN"). 
Cinema clássico, de facto, que consegue emocionar os espectadores, tocados pela grandeza do líder sul-africano, grandeza que começa a ser rara nos tempos que correm, pelo menos nesta Europa onde vivemos. 

Eastwood, de quem gostamos muito em meia dúzia de obras, entre as quais incluímos “Mystic River” (inquietante olhar sobre a realidade norte-americana), “The Bridges of Madison County” (melodrama clássico, com a maravilhosa Meryl Streep), “Million Dollar Baby” (nostálgico e trágico), “White Hunter, Black Heart” (homenagem a John Huston), “Unforgiven” (uma brilhante incursão pelo western clássico), realiza com “Invictus” mais uma obra para incluir nesse lote de magníficos filmes. 

É também um belo filme sobre Desporto, com excelente imagens do jogo, que até parecem reais.

Os principais actores, Morgan Freeman (Nelson Mandela) e Matt Damon (François Pineaar, capitão dos “Springboks”) são brilhantes, muito bem acompanhados por vários secundários. 

Deixem-me só concluir que o jogo, acabou com 15-12, após prolongamento, e conseguido só através de pontapés de penalidade, já que nenhum ensaio foi conseguido! E que também fui dos que assistiram com grande emoção, pela TV, à transmissão da final e tenho os momentos mais significativos gravados em vídeo, directamente em VHS! Mas não é só por isso que gosto muito desta última obra do octogenário realizador norte-americano.**** (4)

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