Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

WHATEVER WORKS, de Woody Allen

“WHATEVER WORKS” (Tant que ça marche) (Tudo Pode Dar Certo), de Woody Allen, **** (4)

Após um belo périplo europeu, eis o regresso do famoso autor (cineasta e escritor), Woody Allen, a Nova Iorque (depois do Bush ter sido corrido! Mas atenção que o sucessor desilude a alta velocidade… embora este seja um bom bocado mais inteligente). Outra pequena maravilha, deste mago do cinema, que nos consegue fazer sorrir durante mais de uma hora das “pequenas desgraças” (também nossas) que nos rodeiam.

Não vos vou revelar a história, para poderem rir tanto quanto eu me ri, por exemplo com a impagável evolução do casal bushiano! Lembrar apenas, fazendo minhas as palavras sábias do crítico, que Boris Yelnikoff (brilhante interpretação de Larry David) “é um poço de agressividade e má disposição. Mas é também alguém de quem nos vamos sentindo cada vez mais próximos, porventura cúmplices. Porquê? Porque há nele um desejo de verdade que não pactua com hipocrisias afectivas e cinismos sociais” (João Lopes, DN, 4-Fev-10).

O filme não deixa de ser também uma boa mensagem para os pessimistas e niilistas, em que, às vezes, muitos de nós nos vamos transformando, perante os medíocres tempos que vão correndo, por esta velha Europa ou pelos EUA. Claro que aqueles de quem Woody Allen se ri (e de si próprio, também), mas em geral sempre com a bonomia habitual, acham que o filme tem “uma linha de raciocínio cativante (embora às vezes maçuda) ” (Destak). Posso rir-me?

Como quase sempre nos filmes realizados por este cineasta, assim que terminou a projecção, tive vontade de comprar bilhete para a sessão seguinte! Por isso deixem os “avatares e companhia” e divirtam-se com inteligência, embora o tema seja no fundo bem mais sério do que possa parecer á primeira vista. 

E não deixem de ler as suas três peças em um acto, publicadas recentemente sob o título de INFIDELIDADES (título original "Three One-Act Plays", publicado em 2003 pela Random House, NYC), pela Relógio de Água Editores (Outubro de 2009). Não consegui deixar de soltar umas boas gargalhadas.
**** (4)

Sem comentários:

Enviar um comentário