Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

UP IN THE AIR (Nas Nuvens), de Jason Reitman

“UP IN THE AIR” (Nas Nuvens), de Jason Reitman (CAN), *** (3)

O Reitman junior (Montreal, 1977), depois do relativo sucesso com “Juno”, fez um novo e interessante filme, que beneficiou muito do desempenho de George Clooney, no papel de um quadro das empresas que se especializam na concretização das chamadas “reorganizações”, que na prática se traduzem em muitos despedimentos.
Infelizmente conheci quadros desses, quando passei por isso nos anos 90, em pleno cavaquismo, com o início das pré-reformas, das rescisões de contratos de trabalho e dos despedimentos, situação que a partir daí não parou de se agravar. E as pretensas justificações não diferiam das de hoje.
Digamos que, de facto, é preciso “andar nas nuvens” para que essa gente não se aperceba da fealdade, e das más consequências, da tarefa de que foi encarregada. E é assustador o cinismo dos responsáveis, quando alguém, entre as vítimas, comete um acto desesperado. Ou quando aplicam aos seus próprios lacaios a mesma receita…
O filme é no entanto algo frouxo na crítica, sendo aceite como uma “obra humanista”, por acabar por chamar a atenção para os maus tempos que correm (e, por isso, até os mais conservadores aplaudem…) (vide “DN” ou “Premiere”).
Depois da projecção pensei, por comparação, na peça “Contracções”, do jovem dramaturgo inglês Mike Bartlett, que havia visto no Verão passado encenada por Solveig Nordlund, e que é muito mais violenta na crítica anti-neo-liberal.
O pai, Ivan Reitman, participa na produção do filme de Jason.
A ver.
*** (3)

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