Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

TUNING, de Rodrigo Francisco


“TUNING”, de Rodrigo Francisco, encenação de Joaquim Benite, CTA, **** (4) 

Uma peça de um jovem dramaturgo almadense (1981), colaborador da Companhia de Teatro de Almada, que, em nossa opinião, uma vez transposta para o palco, nada fica a dever às obras sobre a actualidade, que nos chegam do estrangeiro, da nova geração de dramaturgos. 
Os sombrios tempos que atravessamos, nesta Europa dominada pelos grandes interesses económicos, que penalizam brutalmente as populações para manter os faraónicos lucros do grande capital e dos seus dirigentes (vide caso da Grécia) e o que eles oferecem à juventude oriunda dos extractos mais desfavorecidos da sociedade. Da sua falta de perspectivas e de saídas. Eis o fortíssimo tema da peça de Rodrigo Francisco.
Apresentada na Sala de Ensaios, transformada por Jean-Guy Lecat, numa modesta oficina de automóveis, a que não faltam carros e de onde se vê a rua verdadeira, beneficiando de uma magnífica prestação dos seus cinco actores e da encenação de Joaquim Benite, é um espectáculo que sobe num crescendo, com laivos de tragédia, que tocam o espectador. 
Um espectáculo muito realista, que deixa aos espectadores a tarefa de pensar no que fazer para mudar esta situação.Uma vez mais um magnífico espectáculo da CTA, em que a encenação optou inteligentemente pelo pequeno espaço da Sala de Ensaios, com resultados brilhantes.**** (4)

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