Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A MÃE E O MAR

Pequenas notas sobre dois filmes, ambos que tem como principais personagens, mulheres. 

Em primeiro lugar a obra documental de longa metragem (83'), A MÃE E O MAR, do jovem realizador de cinema, o português GONÇALO TOCHA, magnífica vencedora da competição nacional do DOCLISBOA deste ano. 

1- A MÃE E O MAR é um documentário sobre as pescadeiras de Vila Chã, a aldeia piscatória perto da Póvoa do Varzim. segundo dizem caso quase único (ou mesmo único) de uma terra no nosso País, onde houve (e ainda há) mulheres que se dedicam à pesca e várias com carta de arrais, o que significa que dirigem as respectivas embarcações, com tripulações maioritariamente constituídas por homens.

Gonçalo Tocha conseguiu realizar uma obra que nos prende do primeiro ao último minuto, mesmo nas cenas que parecem arrastar-se mas que nos dão a dimensão do trabalho, violento e às vezes muito perigoso, daquelas mulheres. E prende-nos pela sua autenticidade, pela maneira magnífica como filmou os diálogos com e entre aquela gente para quem o Mar é quase tudo. Nunca escondendo aliás a presença das câmaras, lembrando-nos sempre que se trata de um documento, o mais real possível tendo em conta a subjectividade da visão do autor, inerente a todas e quaisquer imagens, mesmo quando se fixa a câmara... 

Uma obra a não perder, quando for exibida, como espero, comercialmente ou se não o for (dada a lamentável distribuição que em geral temos) que a vejamos em outros festivais ou na Festa do Avante, onde julgo que não falhará dada a sua grande qualidade.



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