Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 26 de agosto de 2012

AS FLORES DA GUERRA, de Zhang Yimou


Um Grande Clássico - "As Flores da Guerra" (Jin ling shí san chai) (The Flowers of War), de Zhang Yimou (RPC)   


É difícil sintetizar o tudo que nos ocorre após a visão desta obra-prima da Sétima Arte. Vou resumir porque não tenho nem tempo nem espaço para mais. O que torna, em minha opinião, Zhang Yimou um dos mais incontestados Mestres contemporâneos (e não só...) é o seu elevado sentido estético e a elegância formal da sua linguagem. O que é evidente, uma vez mais, nesta obra tão densa e intensa sob o ponto de vista de emoções (e os espectadores só a custo as sustêm). Isto tem sido uma das principais características da quase uma dúzia de obras de Zhang Yimou, filmes extraordinários, que pudemos ver e também na concepção cénica da mais brilhante das aberturas olímpicas de sempre, a de Pequim 2008, o que mais saliente se tornou com a banalidade de Londres. Em "As Flores da Guerra", os extremos do comportamento humano, as suas grandezas e misérias, estão presentes nesta nova obra (de 2011) de Zhang Yimou. Os limites da perversidade desse comportamento também, através dos soldados ao serviço do fascismo nipónico. Em minha opinião o melhor filme de 2012, do que pudemos ver em Lisboa até ao momento. Um grande clássico: houve quem referisse que lembrava Ford mas também podíamos falar dos grandes Mestres japoneses, em especial de Kurosawa e Mizoguchi. Perder é imperdoável para todos os que se preocupam com a Cultura e que gostam de Cinema!
Publicada (no INDEKS) a 02-08-2012 por Egas Branco

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