Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
TEATRO - Ifigénia na Táurida, de Goethe
“IFIGÉNIA NA TÁURIDA”, de Goethe, encenação de Luis Miguel Cintra, ***** (5)
"Ifigénia na Táurida", de Goethe, com recriação poética de Frederico Lourenço e encenação de Luis Miguel Cintra, para a Cornucópia, em reposição no Teatro Municipal de Almada, só até domingo.
Foi um dos grandes espectáculos de teatro de 2009, que tinha falhado e só agora pude finalmente ver.
Só uma palavra: admirável! Pelo texto, claro e belo, a que os actores conseguiram dar o justo relevo, palavras que pela sua universalidade nos tocam profundamente, pela encenação, pela interpretação. Quem goste de teatro que procure não faltar.
Nota: e pode jantar (bem e barato) no próprio teatro, o que é simpático e não deixa de ter um certo fascínio ter na mesa ao lado os actores que uma hora mais tarde veremos transfigurarem-se no palco e transmitirem-nos interpretações e emoções da vida que nos fazem pensar.
Um acidente googliano afectou em tempos este blogue. Espécie de "acidente cardio-vascular", que interrompeu os links de imagem. Não teve solução imediata. E também não sei o que o provocou... Sabotagem? Não acredito. Sou um simples e modesto cinéfilo. Publiquei alguma imagem carecida de autorização? Talvez.
Já recarreguei algumas das imagens, mas como quase todos os textos eram acompanhados de uma foto, mais de uma centena continuaram sem ilustração... Julgo que não vou ter tempo para voltar à forma inicial.
Nota: a foto é minha e foi tirada no Jardim da Estrela, em Lisboa (23-Set-2012)
A fotografia da capa já não é, devido ao acidente googliano (?), de “Na Cidade Branca” (Dans la Ville Blanche) (1983), do cineasta suíço Alain Tanner (Genebra, 1929), um filme magnífico sobre a nossa cidade, de um realizador de quem sempre gostámos muito. Houve um crítico (Yann Lardeau, Cahiers du Cinéma) que escreveu nessa época que o filme se poderia ter chamado “Lisbonne, Symphonie d’une Ville”. Teresa Madruga, em Rosa, personagem pela qual ficará na história do Cinema, contracena com Bruno Ganz, no papel de Paul, o marinheiro que aporta a Lisboa e se vai deixando ficar, e se apaixona por Rosa, até ter de partir outra vez. Tanner, aliás, criou outra brilhante pequena jóia, sobre outra cidade, o Cairo, com “Une Flamme dans Mon Coeur” (1987), onde Myriam Mézières é inesquecível.
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