IN MEMORIAM JEAN FERRAT (Vaucresson, Hauts-de-Seine, 1930-2010)
Homenagem no desaparecimento de “um dos símbolos da canção de protesto francesa”, que cantou Aragon e tantos outros Poetas. Músico da estirpe de Jacques Brel, Leo Ferré ou Georges Brassens, todos infelizmente já desaparecidos, mas cuja música permanece.
De ascendência judaica, teve o pai deportado e depois assassinado em Auschwitz, pelos nazis, morte a que ele próprio escapou, aos 11 anos, devido a ter sido salvo por militantes comunistas, membros da Resistência Francesa à ocupação nazi.
Foi casado com a cantora Christine Sèvre, falecida em 1981. Tem uma obra longa e de qualidade, sempre empenhado nas causas sociais, apoiante do Partido Comunista Francês, por quem foi várias vezes candidato e eleito autarca durante mais de uma década (1970-1983).
“La Montagne”, http://www.youtube.com/watch?v=vBh9BNGzROM , é uma das suas mais célebres canções, aliás cantada em coro pelos cinco milhares de pessoas presentes no seu funeral, em Ardèche. “Nuit et Brouillard” (Noite e Neblina) (1963) e “Potiómkine” (1995) são outras das suas mais famosas composições. No entanto a sua música foi sempre censurada e marginalizada nos Media controlados pelo poder capitalista: “Quando deixarem de proibir as minhas canções (..) então é porque já não valho nada (..) terei o futuro assegurado (..) glorificando a plenos pulmões a Europa dos super-patrões”.
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