“GREEN ZONE” (Combate Pela Verdade), de Paul Greengrass, (GBR) **** (4)
Um magnífico thriller político, de guerra, que desmonta a mentira urdida por políticos sem escrúpulos, da existência de Armas de Destruição Maciça no Iraque, que serviu de pretexto para a brutal invasão daquele país independente, pelos EUA e seus acólitos, durante o governo Bush, de que um dos episódios mais caricatos foi a celebérrima reunião dos Açores, de Bush, Blair e Asnar, com o “mordomo” Durão Barroso (que, como prémio, viria a receber a presidência da U.E…).
O inglês Paul Greengrass (1955, Cheam, Surrey, Inglaterra), os seus argumentistas, entre eles, o norte-americano Brian Helgeland (1961, Providence, Rhode Island, EUA) e o famoso operador de câmara, Barry Ackroyd, também britânico (1954), que trabalhou com o famoso realizador Ken Loach e tinha feito o oscarizado “Hurt Locker” para a K. Bigelow, conseguiram, em minha opinião, uma obra superior à de Bigelow. Só que esta era politicamente bastante inócua, e por isso aceitável para a crítica dominante, enquanto “Green Zone” não o é. Libelo contra o gangsterismo político, principalmente da época Bush, com as suas lutas intestinas, e as manipulações para dar a Bush os pretextos para desencadear a agressão.
Matt Damon faz, uma vez mais brilhantemente, o papel do militar que não quer aceitar a corrupção vinda de cima, e se comporta como um dos muitos heróis do cinema norte-americano – em geral jornalistas ou polícias – que lutam contra os políticos corruptos e os bandos de gangsters.
Um belo thriller.
**** (4)
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