A famosa montadora, nascida em Cincinnatti, Ohio, EUA, em 1923, que trabalhou com Arthur Penn em "Bonnie and Clyde" (1967), uma das obras-primas do cinema norte-americano, que lhe deu o reconhecimento publico pelo seu trabalho de montagem. «Foi durante a rodagem de "Bonnie and Clyde" que aprendi a confiar em Dede. Mais do que uma montadora, ela era uma criadora» (Arthur Penn, citado por Sérgio C. Andrade, "Público", 20Abr10).
Depois voltou a montar outras grandes obras para ele. Tal como o havia feito para Robert Rossen ("The Hustler"), Paul Newman ("Rachel, Rachel"), Sidney Lumet ("Serpico"), Warren Beatty ("Reds"), entre outros, tudo obras maiores do cinema norte-americano.
O seu último trabalho, em 2008, com 85 anos, foi uma obra delicada e sensível, "Fireflies in the Garden", de Dennis Lee, injustamente ignorada pela crítica que temos.
Sobre a obra que lhe a notoriedade, "Bonnie and Clyde", relembremos que estreou em Lisboa, em Dezembro de 1967, no saudoso Cinema Eden, altura em que vimos este filme pela primeira vez e nos impressionou desde logo fortemente. Surgiu de imediato uma enorme polémica à cerca da obra, pró e contra, que extravasou para os jornais e revistas, apesar da feroz censura fascista de então (ainda a sete longos anos do eclodir da Revolução de Abril, em 1974). Os campos extremaram-se entre a crítica progressista e a conservadora (esta quase toda afecta ao regime salazarista e aos meios católicos mais retrógrados), enquanto nós, apaixonados pelo cinema, a seguíamos entusiasmados. Era mais uma pedrada no charco estagnado onde tinham enclausurado a cultura durante o regime fascista.
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