Segundo texto não original, também já publicado no facebook, para não deixar de referir obras vistas ultimamente que me agradaram.
Notas
de um espectador de Cinema (quando pode), dedicadas aos (às) amig@s cinéfil@s.
Uma referência à última obra
de um dos melhores realizadores norte-americanos vivos, Steven Soderbergh, “SIDE EFFECTS” (Efeitos Secundários) (2013), um filme magnífico, que
a crítica que infelizmente temos fez por ignorar.
Nascido em Atlanta, Georgia,
EUA, em 1963, mas com uma filmografia já relativamente longa (mais de 30
títulos, como realizador), com meia dúzia de obras notáveis, entre as quais
avultam "Che" (em duas partes) (2008), uma indiscutível obra-prima, e
uma outra grande obra que é “Erin Brockovich” (2000), onde brilhou a também
georgiana, Julia Roberts, uma actriz que muito apreciamos, mesmo quando se mete
na pele de personagens detestáveis, o que não era o caso da jovem desempregada
Erin, embora alguns, os tais, por despeito, lhe tivessem chamado
"proletária pimba"... Pimbas são eles! Posso rir?.
Em “EFEITOS SECUNDÁRIOS”, um
thriller muito clássico na forma, ao gosto de Soderbergh, que também como de
costume obriga o espectador a um esforço suplementar para tentar compreender a
intriga, cujo tema aborda em fundo os maus efeitos dos fármacos utilizados
pelos psiquiatras, que em geral causam mais danos que benefícios, como a
maioria de nós sabe, nem que seja só por observar os perversos efeitos em
familiares, amigos ou conhecidos (como é o meu caso...), e que podem levar até
à morte. “Efeitos Secundários” fez-me lembrar nesse aspecto, um grande clássico
de Nicholas Ray, com James Mason a sofrer os efeitos da cortisona, “Bigger Than
Life” (atrás do Espelho) (1956).
O que é grave é que o
consumo destas drogas se banalizou, como ironicamente Soderbergh sublinha, com
o seu belíssimo plano sobre os seus conterrâneos, vogando nas ruas sob o efeito
dos anti-depressivos. Assustador...
E com isso vem a clara
crítica da obra à falta de escrúpulos da grande indústria farmaceutica e à venalidade de muitos médicos, que se
deixam comprar a troco de benesses, financeiras ou até em viagens de lazer sob
o pretexto de congressos.
Soderbergh mostra-nos isso
mas, como é seu hábito, vai um pouco mais além, o que não posso contar agora
sob pena de eliminar o efeito surpresa. As voltas do argumento, embora inesperadas, não parecem sem nexo e mereceriam comentário. Este fica para mais tarde.
Se puderem não percam!
8-Abr-2013
EGAS BRANCO
ResponderEliminarMeu Caro,
Ora seja bem vindo na reatualização do Seu blogue onde vou sem ir ao cinema de que tanto gosto pertilhando os Seus critérios cinéfilos mas de que tão arredado ando!
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Abril de 2013