Mahapurush (O Santo), de 1965, pequena jóia da cinematografia de um mestre da Sétima Arte, Satyajit Ray, em exibição em Lisboa, no Cinema Nimas (depois irá para o Porto) no ciclo de cinema dedicado a este grande realizador, que abranje 6 obras em versões restauradas e decorrerá até 5 de Novembro (não percam!).
Esta é provavelmente das menos comhecidas. Pequeno no filme (65'), irónico, sobre a charlatanice que explora as crenças em existências divinas e sobrenaturais.
Satyajit Ray não é contra as crenças que cada um possa ter mas contra as seitas, organizações e charlatões que as exploram em proveito próprio. O final da obra, tragico-comico e que não vou desvendar, não podia ser mais claro. Como sempre com uma direcção de actores brilhante.
Sobre a Índia, país natal de Satyajit Ray, e que está presente na maior parte da sua obra, não deixar de ler uma entrevista recente ao jornal Avante! de 25-9-2014, de Christopher Fonseca, secretário-geral do AITUC (Congresso dos Sindicatos de Toda a Índia) e membro do Conselho Nacional do PCI (Partido Comunista da Índia):
"Nós somos uma nação que é altamente laica (...) o nosso povo é ardentemente laico. Anseia pela paz, pela liberdade, pela equidade."
(nota que publiquei no facebooK)
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