Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

DR. STRANGELOVE, DE STANLEY KUBRICK


DR.STRANGELOVE OR HOW I LEARNED TO STOP WOORRYING AND LOVE THE BOMB (Dr. Estranhoamor)



Um dia depois das eleições nos EUA, cujo resultado surpreendeu a maioria, com a vitória de um candidato extremamente reaccionário e muito perigoso, também pelo seu populismo fascizante e completa inexperiência política, Donald Trump, a Cinemateca Portuguesa exibiu, embora já o tivesse programado há muito, uma das principais obras-primas de Stanley Kubrick (Manhattan 26-Jul-1928 - 7-Mar-1999), o famoso DR.STRANGELOVE OR HOW I LEARNED TO STOP WOORRYING AND LOVE THE BOMB (Dr. Estranhoamor), estreado em 1964. 

Porém este grande filme foi proibido em Portugal pelo fascismo e só viria a ser exibido uma década depois, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974.

Com um genial actor inglês, Peter Sellers (Southsea, Hampshire, Inglaterra 1-Set-1925 - 24-Jul-1980), em três papéis principais (o presidente norte-americano, o Dr.Strangelove, um estranho e diabólico cientista cujo passado vem da Alemanha nazi, que agora trabalha para os EUA e o oficial britânico Mandrake que é adjunto do general Jack D.Ripper (nome que é uma alusão ao assassino em série, Jack O Estripador), Ripper que sofre de paranóia, problemas sexuais e acaba desencadeando uma agressão nuclear à União Soviética, papel desempenhado por outro grande actor norte-americano, Sterling Hayden, actor que todavia ficaria marcado por ter falado e denunciado camaradas do partido comunista em que militou, perante o comité das actividade anti-americanas dirigido pelo senador McCarthy. Todavia Hayden, ao contrário de outros denunciantes (Elia Kazan, Edward Dmytryc, Cecil B.de Mille) sempre lamentaria amargamente não ter conseguido resistir à repressão, e acabado por falar (curiosamente neste filme o tema das revelações arrancadas através da tortura é abordado pela personagem Ripper, que Hayden desempenha magistralmente).

A obra é uma sátira magistral à Guerra Fria e aos altos quadros militares norte-americanos, com cenas de antologia.

Esta exibição teve na habitual folha da sessão um excelente texto do antigo programador e depois director da Cinemateca, João Bénard da Costa (sem data).






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