Porque no DIA MUNDIAL DO TEATRO, 27 de Março, o computador estava "fora de serviço", por motivos que ainda desconheço, não pude publicar nada nesse dia de homenagem a uma arte maior que tanto aprecio.
Fica agora apenas uma pequena e modesta homenagem, recorrendo ao fio da memória, de um espectador muito menos dedicado do que desejaria, apenas mais ou menos o que lhe permite a sua condição actual.
Queria lembrar que o Teatro também é constituído por instantes fugazes mas que ficam para sempre na nossa memória - uma porta que se abre repentinamente para o exterior, para a vida, criando uma ligação inesperada entre ficção e o real (Joaquim Benite em Tuning de Rodrigo Francisco), uma criança que grita de entre a multidão para um actor, avisando-o (Comédia del Arte, Festival de Almada), actores que se movimentam em cordas sobre as nossas cabeças, num ambiente tenso e denso (Franzisca Aarflot em A Mata de Jerper Halle), uma lua cheia sobre a cabeça de um quase milhar de espectadores, silenciosos perante a tensão dramática de uma representação lá em baixo no palco (Palco Grande, ao ar livre, no Festival de Almada), a ligação entre interiores, intimistas, e o exterior, real (Juni Dahr, em Hedda Gabler, de Ibsen), um palco que de repente se abre, inesperadamente enorme, com grande aparato (Joaquim Benite, no grande palco do Teatro Municipal de Almada, que hoje tem o seu nome, numa homenagem justíssima) e mais, muito mais...
VIVA O TEATRO!
(publicado no facebook)
Sem comentários:
Enviar um comentário