A IMPERATRIZ YANG KWEI FEI (Yokihi) (1955), o primeiro filme a cores do grande mestre japonês e logo no dizer da crítica, "essas fantásticas cores que fazem desta obra um dos mais belos filmes a cores da história do cinema" (Bénard da Costa).
Do cineasta disse Jean-Luc Godard que era "o melhor dos realizadores japoneses. Ou, simplesmente, um dos melhores realizadores do mundo."
A obra é, uma vez mais em Mizoguchi, uma história de amor impossível, em que o elo mais fraco é sempre a mulher. Passada na China feudal do século VIII ou IX, entre lutas entre senhores da guerra, em que o povo serve sempre para carne para canhão, descreve as lutas pelo poder na corte imperial, com corrupção e intrigas.
Mizoguchi, culto e admirador confesso da história do grande vizinho, adapta uma história chinesa, com a colaboração uma vez mais do seu grande argumentista, Yota Yoshikata, um homem culto e progressista.
A assistência, numerosa para uma sessão deste tipo, num início de tarde de um dia de semana, assistiu impressionada, comoveu-se e saíu em silêncio, rendida à arte de Mizoguchi.
Kwei Fei é sacrificada aos interesses em luta, ou sacrifica-se para salvar o amante. Mas não é esquecida por ele. O Amor em tempos conturbados.
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