Será
"VERTIGO" (1958) a mais perfeita das obras de Alfred
Hitchcock? Talvez...
Só queria anotar meia dúzia de
tópicos para um eventual espectador, num filme em que algumas das
principais obsessões do cineasta estão presentes.
A mulher
fatal (anjo e demónio), com Kim Novak mais bela que nunca. A
transformação, física, da personagem. A cena de antologia, em que
Kim surge como um fantasma, (de qual passado?) na ombreira da porta
do quarto. E as cenas do campanário, tantas vezes citadas por
outros. Não esquecendo a vulnerabilidade do protagonista (James
Stewart), que se deixa seduzir e enganar por uma bela mulher.
Não
será obviamente "o melhor filme do mundo", apenas o mais
votado no final da última década (2001-2010), pelos críticos
convidados da "Sight & Sound", alguns dos quais por
mera inerência institucional (cinematecas), naquele que é, desde
1952, o mais famoso dos inquéritos sobre cinema, sendo publicada a
cada década na revista do BFI. E vão 7. O próximo será para 2022,
para quem lá chegar.
Sintoma de evolução do gosto ou apenas
pequeno reflexo da ideologia dominante nos Media?
http://thenighteditor.blogspot.pt/2012/08/vertigo-citizen-kane-and-greatest-movie.html
Só por
curiosidade, em 2012, o topo da lista dos críticos e afins no
inquérito do BFI foi
1º - Vertigo (Hitchcock) (1958, ING/EUA) -
tinha sido 7º (82), 6º (92), 2º (2002)
2º - Citizen Kane
(Welles) (1941, EUA) - tinha sido 1º de 1962 a 2002
3º - Tokyo
Story (Ozu) (1952, JAP) - tinha sido 5º em 2002
4º - La Règle
du Jeu (A Regra do Jogo) (Renoir) (1939, FRA) - tinha sido 2º em 72
e 82 e 3º em 2002.
Enquanto
os autores escolheram por esta ordem: “Tokio Story” (Ozu), “2001,
A Space Odissey” (Kubrick) (6º na lista dos críticos), “Citizen
Kane” (Welles) e “8 ½” (Fellini) (10º na lista dos críticos).
Para os críticos, Hitchcook é o mestre dos mestres, enquanto para
os realizadores, é Fellini! Quem tem razão?
Mas quanto a
“Vertigo”, não se iludam com a lentidão inicial... e não se
esqueçam de reparar que o músico e compositor novaiorquino Bernard
Herrmann, é um colaborador importantíssimo de Hitchcock que,
relembre-se, nasceu em Londres, fez muitos filmes na GBR e só depois
foi para os EUA.
(texto destinado ao Indeks / Cartaz de Cinema do Público, que não foi publicado...)
EVB
ResponderEliminarMeu Caro Amigo,
E pronto, aqui estou apenas para Lhe dizer que o seguirei com todo o respeito e consideração e tanto mais quanto de um bom cinéfilo o meu Amigo se trata.
Ao meu eventual silêncio não o tome, contudo, por indiferença ou desconsideração.
Kim Novak, na beleza que projeta e na admiração que suscita, eventualmente, a ter como reação o silêncio, ele também não será, de todo, um sinónimo de indiferença.
Saudações muito Cordiais
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Janeiro de 2013
Obrigado, Caro Amigo
ResponderEliminarSou um fraco bloguista e isto funciona mais como um bloco notas, para mim e para os amigos interessados. Gostaria de fazer melhor mas não tenho tempo.
Um abraço
... ora o tempo, a quem o diz!
ResponderEliminarOutro Abraço
JLF