Fui uma noite destas, ao Teatro do Bairro Alto, ver o
espectáculo a que o seu criador, Luís Miguel Cintra, o actor e encenador que
tanto admiramos, chamou "4 AD HOC".
Quatro peças em um acto, que o encenador escolheu ao acaso,
ad hoc, segundo diz no seu habitual e magnífico texto do desdobrável da sessão, do longo repertório, mais de 200
peças, de um grande autor do teatro de vaudeville francês, ou seja do teatro de
comédia da vida burguesa, que ainda hoje, mais de um século depois, nos faz rir
dos "disparates" por ele inventados, copiados da vida real.
Eugène Labiche (Paris, 6-Mai-1815 -
23-Jan-1988) continua a surpreender-nos com a vivacidade dos seus textos. E as
3 horas e tal passam-se num ápice, entre muitos sorrisos e algumas gargalhadas
(algumas até, desbragadas... sem ofensa).
Escolhidas ad hoc são afinal 3 - "A
Escolha de Um Genro", Dois Refinados Malandros" e "A
Viagem", porque a quarta, "A Dama com as Pernas Côr do Mar",
paródia ao teatro e a quem o faz, foi o final feliz desta noite de comédia, a
não perder para quem possa, perante a excelência dos desempenhos dos actores e
uma actriz (magnífica Sofia Marques, que se desdobra em 3 personagens, de 3 das
peças, sempre com muita graça) da Cornucópia.
Não faltar, se vier a ser reposto.
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