Um Dezembro cheio de obras-primas na CINEMATECA PORTUGUESA
Se me pedissem para seleccionar uma dúzia de obras para ver teria muita dificuldade, por ter que deixar de fora quase outras tantas: porque há um ciclo de Fritz Lang, no seu exílio americano ao fugir ao nazismo e há também King Vidor, Eric Rohmer, Jules Dassin, “Scaramouche” de George Sidney, António Reis e Margarida Cordeiro, Manoel de Oliveira, John Ford e um muito recente e excelente James Gray (“Two Lovers”, de 2008!), para só falar do que gosto muito.
Em todo o caso aí vai, só com uma nota:
são todos de autores de que gosto muito e obras que estão na minha lista das muito amadas e pessoalmente considero que algumas são obras-primas absolutas da Sétima Arte.
Os horários respectivos podem ser encontrados no site da Cinemateca.
A ordem é a alfabética dos títulos em português.
Eis a minha lista:
1-Andrei Rubliov (Andrei Rubliov), Andrei Tarkovski, URSS, 1966
2-Antes da Revolução (Prima della Revoluzione), Bernardo Bertolucci, ITA, 1964
3-Os Clowns (I Clowns), Federico Fellini, ITA, 1970
4-Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari), Kenji Mizoguchi, JAP, 1953
5-Corrupção (The Big Heat), Fritz Lang, EUA, 1953
6-De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut), Stanley Kubrick, EUA, 1999
7-Os Filhos da Noite (They Live by Night), Nicholas Ray, EUA, 1949
8-Lenda dos Beijos Perdidos (Brigadoon), Vincente Minnelli, EUA, 1954
9-O Leopardo (Il Gattopardo), Luchino Visconti, ITA, 1963
10-Muriel (Muriel), Alain Resnais, FRA, 1963
11-Os Muros do Desespero (La Tête contre les Murs), Georges Franju, FRA, 1959
12-Roma, Cidade Aberta (Roma, Città Aperta), Roberto Rossellini, ITA, 1945
Se não podem ver tudo então não percam pelo menos Visconti, Rossellini, Fellini, Kubrick, Mizoguchi e Lang, por esta ou outra ordem.
Nota: A imagem é de “O Túmulo Índio” (Das Indiche Grabmal), de Fritz Lang, ALE, 1959, no seu regresso à Alemanha natal, depois do exílio nos EUA, para escapar ao nazismo. A obra é exibida também este mês.
"A penúltima obra de Fritz Lang foi o chamado “díptico indiano”, que apresentaremos em duas sessões consecutivas: DER TIGER VON ESCHNAPUR e DAS INDISCHE GRABMAL. Ao regressar ao cinema alemão, depois de uma ausência de vinte e sete anos, Lang retomou um projeto de juventude, bastante próximo das aventuras folhetinescas que estiveram na origem de algumas das suas obras-primas mudas, como DIE SPINNEN e MABUSE, DER SPIELER. Nesta extravagante história filmada em Eastmancolor, um jovem arquiteto europeu chamado por um marajá para construir um túmulo, apaixona-se por uma dançarina sagrada e acaba por fugir com ela. Mais uma vez, Lang demonstra a preponderância da mise en scène sobre a trama narrativa. “Estamos num mundo de volumes, de luzes e de cores, em que a luta se trava tanto entre os sentimentos como entre as formas” (João Bénard da Costa).
(no programa da Cinemateca, de Dez2013)
Obrigada pelas informações.
ResponderEliminarAs minhas lentes ficariam muito reconhecidas se o tipo de letra fosse maior, rrss
Boa semana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCara Amiga, obrigado pelo comentário. Julgo que se refere ao tamanho da letra na legenda da imagem. Porque o texto não é meu, é da programação da Cinemateca, quis distingui-lo do resto. Reconheço que é difícil de ler. Vou usar outra solução. Um abraço
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