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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

JULIETA, de Pedro Almodóvar



BREVE NOTA SOBRE UM GRANDE FILME, "JULIETA", DE PEDRO ALMODÓVAR

Longe vão os tempos do estilo frenético, que a crítica mais burguesa adorava, sob o qual se escondia já um grande realizador. 
O tempo veio dar-nos razão e é num estilo depurado que este grande cineasta nos oferece agora uma nova belíssima obra, comovente e brilhantemente interpretada, em que são os corações, através dos sentimentos, que batem por vezes descompassadamente
Almodóvar continua, a cada novo filme, a afirmar-se como um dos grandes autores do Cinema Contemporâneo. 
Não queria deixar de citar a propósito alguns filmes, além dos referidos na nota de propaganda ao filme abaixo transcrita, que considero brilhantes, desde a adaptação de uma obra uma grande escritora, Ruth Rendell, com os seus psicológicos e angustiantes romances negros, "Em Carne Viva" (1997), ao famoso ajuste de contas com a educação religiosa durante o fascismo, num duríssimo e por isso mal amado "Má Educação" (2004), e a um thriller intenso e excepcional, "A Pele Onde Vivo" (2011), para só citar os que mais agitaram a crítica, com a mais reaccionária obviamente a rejeitar completamente.
Adriana Ugarte e Emma Suárez, duas belíssimas actrizes, sob qualquer ponto de vista que as analisemos, são as duas interpretes da personagem principal, Julieta, quando jovem e em plena maturidade.
Nesta brevíssima nota não queria deixar de destacar que Almodóvar, uma vez mais, não deixa de ser muito crítico da sociedade em que vive, surgindo como elemento fundamental dos seu filme a medíocre e castrante mentalidade que a educação religiosa e o fascismo deixaram como herança no seu país, ou melhor, na Península. 

É uma crítica ideológica e portanto política, de que se trata. E tudo sempre com muita inteligência. Em conclusão, um grande filme a não perder!



"Um filme dramático sobre arrependimento e culpa que conta com argumento e realização de Pedro Almodóvar (“A Flor do Meu Segredo”, “Tudo Sobre a Minha Mãe”, “Fala com Ela”, “Má Educação”, “A Pele Onde Eu Vivo”) a partir de três contos de “Fugas”, antologia da Nobel da Literatura Alice Munro. Emma Suárez, Michelle Jenner, Darío Grandinetti, Adriana Ugarte, Rossy de Palma e Pilar Castro dão vida às personagens." 
(lido numa nota publicitária do filme)




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