Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 2 de outubro de 2016

OS VERDES ANOS, de Paulo Rocha


Ver uma sala do cinema comercial (cinema Ideal, ao Camões, Lisboa) quase cheia de um público maioritariamente jovem para assistir à projecção de uma das obras-primas do Cinema Português, OS VERDES ANOS, realizado em 1963 por um grande e saudoso cineasta, PAULO ROCHA, deixou-me por um lado surpreendido por haver tanta gente, por outro expectante, em relação a qual iria ser a reacção de um público jovem, como nós éramos em 1963, mais de 50 anos depois.


Na estreia, em 1963, foi uma enorme alegria que sentimos, apesar do drama que se desenrolava no ecrã, pela grande qualidade da obra, em nada inferior ao melhor que então víamos, vindo do estrangeiro.

Agora, foi a alegria de sentir que a obra interessou e julgo que agradou a este novo público, mesmo sabendo que lhe será difícil compreender plenamente a ambiência pesada, castrante, medíocre, miserável desses tempos do fascismo salazarista, que Paulo Rocha mostrou como pano de fundo do drama do desencontro dos jovens amantes (belíssimas interpretações, que ainda hoje por vezes emocionam), consequência de sonhos não cumpridos, frustrações, impossibilidades de realização.

(nota facebookiana, 31-Ago-2016)




Sem comentários:

Enviar um comentário