NO 29º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE ALMADA (conclusão)
O Festival acabou ontem em beleza, com um admirável texto de Jean-Claude Carrière, (que tanto admiramos e relembro, a talhe de foice, só duas das últimas obras no cinema, em que deixou bem marcada a sua influência - "O Laço Branco", do famoso realizador austríaco, contemporâneo, Michael Haneke e, principalmente, "Os Fantasmas de Goya", uma das melhores obras de Milos Forman, adaptando justamente Carrière) texto, "A Controvérsia de Valladolid", levado ao palco pela Comuna, pela mão de Carlos Paulo (tradução e extraordinária interpretação) e João Mota (encenação).
Já disse, e
repito, que sou o mais modesto dos espectadores (paradoxalmente, apaixonado
pelo que vejo, oiço e sinto) e nada disto é crítica. Falo é do que gosto.
Queria dizer tudo em poucas linhas e não sou capaz. Por falta de tempo, agora,
tento sintetizar. O espectáculo de ontem foi magnífico e creio que as cerca de
800 pessoas que a ele assistiram, gostaram, se nos reportarmos ao vigor dos aplausos.
Afinal tratava-se de um libelo em defesa do Anti-racismo e dos direitos dos
Outros!
Não queria
deixar de referir as palavras finais, na sessão de encerramento, de duas das
pessoas a quem se podem efectivamente pedir responsabilidades pelo nível (em
minha opinião, muito elevado) deste Festival - Joaquim Benite, o seu criador e
director, e Maria Emília Guerreiro Neto de Sousa, a autarca que conseguiu fazer
da cidade que gere, uma das que nos podemos orgulhar neste País e do seu apoio
ao Festival. "Resistência!" disseram eles, e eu concordo e apoio. Uma
palavra final para a votação do público para o Espectáculo de Honra de 2012 -
"O Sr.Ibrahim e as Flores do Corão". em minha opinião justíssimo
dentro do universo dos que podiam ser votados!
(visto de 4 a 18 de Julho, em várias salas de Almada e Lisboa)
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