Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 17 de janeiro de 2010

2010 - IN MEMORIAM - Eric Rohmer


IN MEMORIAM - ERIC ROHMER (Nancy, 1920 – 2010)


Imagem do seu derradeiro filme "Astreia e Celadon" (Les Amours d'Astrée et de Céladon) (2007)



Ficou célebre, principalmente, pelos seus ciclos: “Seis Contos Morais” (1963-1972), “Comédias e Provérbios” (1981-1987) e “Contos das Quatro Estações” (1990-1998), 16 filmes ao todo. O resto da obra, embora estimável, não foi, em minha opinião, tão conseguida, revelando até, no seu final, algum conservadorismo. No entanto, naquele citado núcleo principal, tem algumas obras extraordinárias e inesquecíveis, em que sob a aparência de uma certa frivolidade, foi fundo na descrição das relações humanas, muito através do diálogo, apesar de deixar de lado as grandes motivações cívicas e sociais dos seus personagens. Houve até quem, estupidamente em minha opinião, lhe tivesse chamado racista (por pudor omito o nome do crítico, aliás português).
Foi também um admirável director de actores, quase todos desconhecidos, mas que com ele, representarem como nunca. Descreveu, em minha opinião, admiravelmente o universo feminino ou como o costumamos imaginar... E quase toda a sua obra tem um subtil erotismo, que a torna ainda mais sedutora.
Foi um autor multipremiado – em Berlim, Veneza e Cannes.
Inicialmente foi crítico de cinema nos bons tempos dos “Cahiers du Cinéma”, na época em que outros grandes cineastas também colaboraram na revista, como Truffaut. Rohmer foi chefe de redacção da famosa revista, de 1957 a 1963. Em 1950 fez a sua primeira curta-metragem e em 1959 o primeiro filme, “Le Signe du Lion”.
Entre as minhas obras preferidas cito “A Minha Noite em Casa de Maud” (1969), “O Joelho de Claire” (1970), “L’Amour, L’Après-Midi” (1972), “A Mulher do Aviador” (1980), “Paulina na Praia” (1983), “Raio Verde” (1986), este baseado em Júlio Verne e os Contos (de Primavera, Inverno, Verão e Outono)!

Sem comentários:

Enviar um comentário