Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 16 de janeiro de 2010

TEATRO VISTO EM 2009 - XII - A Bicicleta de Faulkner

“A BICICLETA DE FAULKNER”, de Heather McDonald, encenação de Rita Lello, para “A BARRACA”, **** (4)

Fazendo jus ao lema “um teatro que não se demita da sua natureza social e humana” (Mário Barradas), a companhia de Hélder Costa e Maria do Céu Guerra, prossegue a excelência do seu reportório, que a tornam uma das mais interessantes do panorama teatral português.
Agora trata-se de uma peça que trata da ambiência social do Sul dos Estados Unidos, que conhecemos principalmente da literatura, do cinema e do teatro. E, parece-nos, que muito bem conseguida, para além do tema de muita actualidade que é a doença de Alzheimer, que a todos nos preocupa a partir certa idade e de que a magistral interpretação de Maria do Céu Guerra, nos faz sentir a evolução, às vezes com a sua tragédia quase cómica.
Algumas das cenas estão extraordinariamente bem representadas, conseguindo atingir emocionalmente os espectadores. Em especial as protagonizadas pelo par Faulkner (Sérgio Moura Afonso) / Claire (Rita Fernandes), que nos apresentam o grande escritor (Oxford, Mississipi – 1897, 1962) como existe no nosso imaginário.
Injusto seria não citar Jett (Susana Costa), a irmã que regressa à casa natal.
Uma palavra ainda para a música de Bernardo Sassetti e o bem conseguido cenário de Miguel Figueiredo, conseguindo admiravelmente que tudo se passe num cenário único.
Um belíssimo espectáculo de teatro, que não se deve perder, quando for reposto.
**** (4)

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