Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 16 de janeiro de 2010

TEATRO VISTO EM 2009 - II - O Amansar da Fera

“O AMANSAR DA FERA” (The Taming of the Shrew), de William Shakespeare, encenação de Armando Caldas, para o Intervalo Grupo de Teatro, no Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha, **** (4)

A não perder esta excelente representação de uma das muito famosas comédias do Mestre (Stratford-upon-Avon, 1564-1616).
Armando Caldas utilizou a versão de Dennis Mathieu, ligeiramente simplificada. Também as cenas do prólogo foram suprimidas, ficando apenas a representação da peça dentro da peça, e foram incluídas canções originais.
Mas todo o espírito das comédias shakespeareanas se mantém nesta encenação, e estes actores souberam dar-lhe corpo e voz, com muita homogeneidade e talento.
A “comédia humana”, que o autor soube como poucos pôr em cena, deixando sempre espaço para a meditação mais profunda do espectador, num espectáculo que se vê com imenso prazer.
“Shakespeare tinha um incrível conhecimento da natureza humana, explorado nos seus personagens. Ilustrou e desenvolveu as motivações, os defeitos e o comportamento humano. Lendo as suas peças, vemos elementos da nossa própria personalidade a ser retratados.” (do programa do Intervalo Grupo de Teatro).
Razão principal, para além obviamente da genial construção dramática, da sua permanente actualidade.
Em “O Amansar da Fera”, entre muitas outras coisas que sempre encontramos em Shakespeare, é a “guerra dos sexos” que está em causa.
**** (4)

Para os cinéfilos relembrar que, entre mais de uma dúzia de adaptações de “O Amansar da Fera” ao cinema a partir de Griffith, Elizabeth Taylor e Richard Burton, representaram esta peça, num filme de Franco Zefirelli (1967), aliás sem nenhuns méritos especiais por parte do realizador, mas beneficiando muito da excelência e carisma dos actores.

Sem comentários:

Enviar um comentário