Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

GOOD MORNING MR.GERSHWIN, de José Montalvo e Dominique Hervieu

“GOOD MORNING, MR. GERSHWIN”, coreografia de José Montalvo e Dominique Hervieu, ***** (5)

Foi, apesar de já esperar um bom espectáculo, uma bela surpresa.
É que os dois renomados coreógrafos franceses realizaram com esta obra uma belíssima homenagem aos manos Gershwin (Georges e Ira), isto é, à música que nos deixaram.
José Montalvo (1954, Valence, França) e Dominique Hervieu (1963, Coutances, Mancha, França). Ele coreógrafo, ela bailarina. Encontraram-se em 1981. Durante anos ela foi uma das bailarinas preferidas de Montalvo. Depois tornou-se sua colaboradora, numa parceria já famosa pela qualidade dos seus trabalhos.
Homenagem que não deixa de nos comover por vezes, não só pela beleza da música e do espectáculo.
O discurso social dos Gershwin, em especial através de uma das suas obras-primas, “Porgy and Bess”, discurso contra a intolerância racial, está magnificamente dado com o recurso às imagens.
Além disso, o corpo humano em toda a sua plenitude e beleza, tão caro aos coreógrafos, é excepcionalmente representado, como poucas vezes temos visto, uma vez mais pela utilização das imagens de grandes dimensões, dos intérpretes evoluindo no interior de uma piscina, debaixo de água.
Quanto aos bailarinos, conseguem com rara felicidade saltar de género, da dança acrobática ao sapateado, em cenas de grande movimento que o público segue com emoção, com a música de Gershwin omnipresente.
E sempre um discurso contra a intolerância, seja ela qual for, em pano de fundo, o que no momento que atravessamos, com instituições religiosas saltando em defesa da sua “moralidade” hipócrita, medíocre e castradora, não deixa de ser muito actual.
Um dos espectáculos que mais nos agradou em 2009 e que serve de lenitivo contra a agrura dos tempos actuais, que mais se agudiza em tempos de Festa, e de consumismo desenfreado, a que o poder mediático leva as pessoas (as que podem gastar), mas que para mim é essencialmente convívio familiar e com os amigos.

MEMÓRIA

1-No desaparecimento de Jennifer Jones (Tulsa, EUA, 1919 – 2009)
Inesquecível em “Duelo ao Sol”, de King Vidor (1947), mas dirigida por outros grandes nomes do Cinema – Lubitsch, Minelli, Michael Powell (no famoso e extraordinário “Gone to Earth”), Vittorio de Sica, John Huston, entre outros.

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