Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

ALEMANHA, ANO ZERO




ALEMANHA ANO ZERO


Foi rodado por Roberto Rossellini, em 1947, numa Berlim em escombros, resultantes da guerra em que o regime nazi-fascista de Hitler envolveu o seu povo, na sua ambição de poder e de luta contra os ideais socialistas que a URSS protagonizava, nazi-fascismo gerado e apoiado pelos grandes interesses económicos alemães e não só, num conflito que provocou muitos milhões de mortos por todo o mundo.

Esta obra terrível, história impressionante e trágica de uma criança que vagueia entre os escombros à procura de subsistência para a família e que termina duplamente trágica, com as mortes de pai e filho, consequências ainda da ideologia fascista, continua a impressionar-nos.



É uma obra que faz lembrar nas suas imagens por vezes crepusculares o expressionismo alemão, como aliás referido pelo crítico de cinema Adriano Aprà no final da sessão.

Não é, em minha opinião, o melhor de Rossellini mas não deixa de ser um documento da época a não deixar de ver.

Custa a crer mas estas exibições de "Alemanha Ano Zero" neste ciclo nos cinemas Nimas, em Lisboa, e Campo Alegre, no Porto, constituem uma estreia no nosso País. A obra foi à época proibida pelo regime fascista de Salazar que, não esqueçamos, havia decretado 3 dias de luto nacional a quando da morte de Hitler! 

Testemunho de um cineasta católico, mas progressista, que assinou o admirável "Roma Cidade Aberta" (de 1945). A exibição deste em Lisboa, no grande auditório Gulbenkian, nos finais de 1973, ainda durante o regime fascista mas a poucos meses da madrugada libertadora de 25 de Abril, merece ser lembrada e fá-lo-ei quando o for rever. 

Também a vida do grande cineasta Roberto Rossellini e a suas relações com as várias mulheres da sua vida, incluindo duas das actrizes de que mais gostamos, Anna Magnani e Ingrid Bergman, merece uma citação especial. O que não deixaremos de fazer oportunamente.







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