ROMA, CITTÀ APERTA (ROMA, CIDADE ABERTA) (1945)
Rever esta obra-prima da Sétima Arte!
Filme realizado por Roberto Rossellini, em 1945, com a colaboração de Federico Fellini e Marcello Pagliero, naquela que é a melhor obra, em minha opinião, daquele grande cineasta italiano.
Passada durante a ocupação nazi de Roma em 1943, durante a 2ª Grande Guerra Mundial, depois da prisão do líder fascista Mussolini. efectuada pela Resistência Anti-Fascista, o qual no entanto haveria ainda de ser libertado pelos nazis para fundar a república fascista de Saló e finalmente, e definitivamente, preso pela Resistência, condenado à morte e executado em 1945.
ROMA, CIDADE ABERTA é uma das obras no cinema mais impressionantes, pela sua autenticidade, do horror nazi-fascista, das torturas e crimes da Gestapo e dos seus acólitos fascistas italianos. Impressionante mas também emocionante pelo seu extraordinário final, de esperança na Liberdade. Havia lágrimas em muitos olhos, de emoção, no final da projecção.
Mas acredito que também ainda hoje faça mossa nos espíritos mais reaccionários (aliás basta ler o que sobre esta admirável obra escreveram certos conhecidos críticos portugueses, agora rotulados de neo-liberais... e para não me esquecer tenho excertos guardados).
Esta pequena nota é só para dar nota desta visão fundamental para quem goste de Cinema, mas não só.
Lembrar a extraordinária interpretação de quase todos os participantes, mas com especial relevo, dada a notoriedade das personagens que representam, para ANNA MAGNANI, ALDO FABRIZI (no padre, baseado na figura real do abade Don Morosini, fuzilado pelos fascistas) e MARCELLO PAGLIERO (no militante comunista, quadro importante da Resistência, que é torturado até à morte pelos nazis, sem dizer uma palavra), iniciando aqui, principalmente os dois primeiros, carreiras brilhantes no cinema.
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