Foi um dos mais belos rostos do cinema. Suponho que nenhum cinéfilo esqueceu a sua interpretação de Ofélia, na famosa adaptação de “Hamlet” (1948), realizada por Laurence Olivier. Ou a de Estella, ainda adolescente, em “As Grandes Esperanças” (1946), magnífica adaptação ao cinema, por David Lean, do romance homónimo de Charles Dickens. Ou a sua participação noutra obra-prima, o famoso “Black Narcissus” (Quando os Sinos Dobram) (1947), de Michael Powell e Emeric Pressburger.
Em 1950 foi para Hollywood, ao casar com o actor Stewart Granger (Scaramouche). Aí teve mais alguns desempenhos magníficos, de que se destacam as participações em filmes do género histórico, como a obra-prima “Spartacus”, de Stanley Kubrick ou “O Egípcio”, de Michael Curtiz. Ou ainda as suas aparições em obras de grandes cineastas, como Otto Preminger (Angel Face), George Cukor (A Actriz) e J.L.Mankiewicz (Guys and Dolls).
Divorciada, voltou a casar, com um famoso cineasta, Richard Brooks, com quem fez mais dois grandes filmes (Elmer Gantry e The Happy Ending).
A partir da década de 70, trabalhou pouco no cinema, aparecendo mais na televisão, até 2009.
Felizmente, os velhos e os novos cinéfilos, poderão continuar a vê-la para sempre, no grande ou nos pequenos ecrãs caseiros, já que ela teve a felicidade de dar o seu contributo em obras-primas que o tempo não consegue destruir – “Hamlet”, “Black Narcissus”, “As Grandes Esperanças”, “Spartacus”, “A Actriz”, “Elmer Gantry”, pelo menos!
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