Encerrou brilhantemente, com mais um magnífico documentário de Michael Moore, o famoso documentalista norte-americano, “CAPITALISM, A LOVE STORY”, a sua última obra. (*****).
Crítica violenta ao capitalismo, em particular ao norte-americano, torna-se por isso obra a combater pela ideologia conservadora, nem que seja pela omissão.
A corrupção na vida estado-unidense, os seguros e as aberrações no sistema de saúde, com grandes empresas a segurarem-se a si próprias em caso de falecimento de trabalhadores!!! (E será que esta monstruosidade também já existe por cá?), a refinanciação (hipotecas) da própria casa, que levou milhares, durante a crise, à perda das suas casas, que tinham sido aquisições resultado de uma vida inteira de trabalho, os empréstimos aos estudantes, que os vão tornar seres dependentes das instituições financeiras ao longo de grande parte da sua vida futura. E estas e muitas outras, aberrações do capitalismo, que políticos portugueses, como Sócrates e os seus acólitos, vêm copiando, entre eles o Mariano Gago(!), e Moore denuncia sem papas na língua.
Os inimigos de Moore dizem que ele é "manipulador". Mas que documentalista o não é? Só se, se limitar a ligar a máquina e deixar a vida fluir diante dela, isto é, filmar sem ver nem pensar, mas mesmo assim a colocação da máquina…
Obviamente que a obra de Moore tem muito de panfletária, o que não é um defeito, em minha opinião. Aliás, não há nada mais "manipulador" que o “cartoon” e no entanto é aceite pela maioria. Por isso, em geral, os “cartoonistas” de esquerda são detestados pela direita.
Também a “Bíblia”, apesar de todos os seus defeitos e terríveis contradições, como muito bem chamou a atenção o nosso Nobel, é uma das obras chave da "manipulação ideológica".
E uma certa “esquerda chique”, que também não gosta de Moore, ataca-o por exemplo (comentários ouvidos à saída) por comparar desfavoravelmente o capitalismo norte-americano com o europeu ou asiático (Japão). Como se isso diminuísse o fortíssimo impacto da denúncia do que acontece nos EUA.
Nota à posteriori - Sobre “Capitalismo, Uma História de Amor), de Michael Moore, uma das minhas preferências de 2009 relativamente ao cinema documental, recomendo aos interessados a leitura da crítica seguinte, uma excelente análise do filme sob o ponto de vista da esquerda norte-americana.
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