“O VENDEDOR DE ELOGIOS”, de Michel Simonot, que também encenou para a CT de Almada. **** (4)
Considerado um dos nomes de topo da dramaturgia francesa actual, Michel Simonot, encena brilhantemente o seu surpreendente texto (“subtil jogo de caixas chinesas”), com um desenlace algo inesperado para os espectadores, mas que faz todo o sentido. (“Le Faiseur d’Eloges”, de 1991)
Através do seu personagem, Leslie, que se encarrega de escrever elogios fúnebres (e às vezes de os ler), não se importando de alterar a verdade, dando aos mortos, uma grandeza que em geral eles não possuíam, Simonot fala afinal também da actual tentativa por alguns de reescrita da história, de branqueamentos dos responsáveis por holocaustos e políticas anti-sociais no século XX.
Os actores – um consagrado, Alberto Quaresma, e dois jovens, Bernardo de Almeida e Andresa Soares, são magníficos.
Reparei que Simonot estava presente na representação a que assisti e que aplaudiu no final entusiasticamente os seus intérpretes!
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