Para comemorar o seu octogésimo aniversário (agora tem 81) a célebre artista francesa – fotografia, cinema, artes plásticas – fez uma obra muito pessoal, espécie de autobiografia, que nos maravilha, não só pelas imagens mas pelo espírito aberto e inovador da cineasta.
Também uma homenagem aos amigos, ao marido (Jacques Demy, o grande realizador francês, nascido em Nantes em 1931, falecido em 1990, autor de obras inesquecíveis), à família.
Embora se trate de uma obra muito cinéfila, pelas suas referências a grandes nomes da Sétima Arte que muito admiramos, muitos infelizmente já desaparecidos, é um filme para todos, como diz a própria realizadora (“dirijo-me a cada um, a cada uma (dos espectadores/as)”) (em entrevista a Philippe Rouyer, Positif nº574).
Há uma cena, entre muitas de que gostamos muito, que nos aparece admirável, quando Agnés regressa a Paris, navegando no Sena, no seu pequeno barco á vela, velejando, aos 80 anos, sobre a Ponte das Artes, referência da Agnés adolescente. É acima de tudo muito belo, como ideia e como imagem.
A não perder.
***** (5)
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